Laserterapia


       O laser é uma luz com características muito especiais, que lhe conferem propriedades terapêuticas. O laser emite sempre uma luz pura, sem mistura, diferentemente da luz comum, formada de vários comprimentos de onda.

Existem três tipos de laser. Um deles é o laser terapêutico, que usamos em substituição aos medicamentos ou em conjunto com eles. Ele tira a dor, é usado como antiinflamatório e ajuda na cicatrização. Outro tipo é o cirúrgico, que remove tecido, corta, vaporiza. Por isso, pode ser usado em cirurgias, e para a esterilização de lesões. Além desses, existe ainda um laser usado exclusivamente para diagnóstico.

Com relação ao laser terapêutico, sua vantagem é que, em vez do paciente tomar medicamentos, o laser ativa o próprio organismo a produzir certas substâncias que podem, muitas, substituí-los. Por exemplo, se o paciente precisa de cortisona, o laser induz seu organismo a produzir cortisol, então ele não tem de tomar o medicamento, ou pode tomá-lo em doses reduzidas.

Aplicações e indicações na odontologia
Alívio da dor - promove o alívio de dores de diversas etiologias, dores de origem pulpar, dores nevrálgicas, dores em tecido mole, mialgias, dores de pré e pós – operatório, entre outras aplicações.
Reparação tecidual - A fotobioestimulação por laser tem sido empregada de maneira bastante eficaz após tratamento de canal, lesões traumáticas, promovendo uma reparação tecidual mais rápida e com padrão de qualidade tecidual superior.
Redução de edema ou “inchaço” e de hiperemia que seria o aumento da circulação sanguínea local (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório) – Indicado na aplicação do pós operatório de procedimentos no campo da periodontia (inflamações gengivais e dos tecidos de sustentação dos dentes), cirurgia oral menor, etc
Anestesia - Ajuda a diminuir o desconforto do paciente no momento da aplicação da anestesia, visto que pode ser utilizado como pré-anestésico. O laser promove aumento da microcirculação e, desta forma, ajuda na absorção do anestésico, nos casos de pacientes com dificuldade para serem anestesiados.
A laserterapia é bastante eficaz no tratamento da hipersensibilidade dental que está associada a uma dor aguda, súbita e de curta duração. A hipersensibilidade pode ocorrer durante ou após a restauração dental, pela retração da gengiva, e após o clareamento dental.
Dores na articulação da mandíbula
Paralisia facial
Herpes simples (Herpes Labial)
Herpes zoster
Hipersensibilidade dentinária
Afta
Alveolite (infecção ou a inflamação do alvéolo pós extração dentária)
Bioestimulação óssea
Cárie
Endodontia (Tratamento de canal)
Exodontia (Extração dentária)
Língua geográfica (termo usado para descrever a aparência de mapa geográfico da língua, causada por manchas irregulares em sua superfície, de causa desconhecida)
Lesão traumática

Parestesia (Sensações cutâneas subjetivas, por exemplo., frio, aquecimento, formigamento, pressão, etc. que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação)


Nesta oportunidade vamos nos aprofundar no que diz respeito a mucosite oral por radiação induzida.


Mucosite Oral Por Radiação Induzida
 
A mucosite ocorre com freqüência em pacientes submetidos ao tratamento oncológico para os diversos tipos de tumores do trato gastrointestinal (boca, estomago, cólon, reto, etc) e leucemias.
A mucosite é uma reação tóxica inflamatória que afeta o trato gastrintestinal da boca ao ânus, que pode ocorrer por exposição a agentes quimioterápicos (quimioterapia) ou radiação ionizante (radioterapia). Na cavidade oral esta toxicidade sobre as células epiteliais, levam à descamação em função do atrito presente na boca. Como a reposição celular está comprometida devido ao tratamento oncológico, ocorre exposição do tecido conjuntivo subjacente, aonde se localizam  vasos sanguíneos, vasos linfáticos e feixes nervosos; desencadeando dor intensa, ulcerações, dificuldade de alimentação e fala. Estas complicações exigem um uso de maior quantidade de antibióticos, aumento do período de internação e aumento do risco de bacteremia, ou seja, infecções.
A presença do Cirurgião Dentista no preparo do paciente para o tratamento oncológico, bem como sua colaboração no diagnóstico precoce e correto das manifestações orais, podem contribuir positivamente para o sucesso do tratamento multidisciplinar do paciente oncológico.

Como saber se estou com mucosite?
Os sinais e sintomas mais precoces da mucosite oral incluem eritema(vermelhidão) e edema (inchaço), sensação de queimação, e um aumento da sensibilidade a alimentos quentes e condimentados. A mucosite inicia-se de 2 a 10 dias após a quimioterapia.  
Clinicamente a mucosite apresenta-se como um eritema, ardência bucal, lesões ulcerativas (feridas) às vezes sangrantes, comprometendo principalmente lábios, língua, mucosas, gengivas, garganta, qualidade da saliva e da voz, dor, dificuldade em deglutir, incapacidade de se alimentar. Esses sintomas  podem desencadear alterações psicosociais como depressão e estresse tornando os pacientes mais vulneráveis a efeitos adversos como ansiedade e necessidade de terapia com morfina durante o tratamento.
Ocorre em 75% a 100% nos casos de transplante de medula óssea e leucemias. Na maioria delas apresenta-se da forma mais grave.

Quem pode ter mucosite?
A mucosite é mais comum nos pacientes que necessitam de trasplante de medula óssea. Ocorre também nos tratamentos oncológicos que necessitam de altas doses de quimioterapia como os tumores do aparelho digestivo (da boca ao ânus, por exemplo estômago e cólon), leucemias e câncer na  região de cabeça e pescoço com indicação de radioterapia.

Como prevenir a mucosite oral?
Assim que você recebe o diagnóstico de câncer, a primeira coisa a fazer é perguntar sobre o tratamento:
- quimioterapia: quantas sessões, que drogas serão utilizadas, tempo de tratamento;
- radioterapia: qual área será irradiada, dose total, número de sessões;
- cirurgia: cuidados pós operatórios.
Se recebeu o diagnóstico de leucemia, câncer de cabeça e pescoço ou no aparelho digestivo; a primeira coisa a fazer após falar com um oncologista sobre o seu tratamento é procurar um cirurgião dentista.Esse profissional fará uma avaliação da saúde bucal: presença de cárie, doença periodontal, tártaro, etc.  Após a eliminação de todos os focos infecciosos tem que haver uma recomendação de higienização e cuidados bucais gerais durante o tratamento oncológico.

Estou com mucosite. E agora?
Infelizmente ainda não existe um tratamento efetivo para a mucosite. O que podemos fazer é somente diminuir os danos. Medicamentos contra a dor podem auxiliar e esta é a forma mais comum das instituições (hospitais, clínicas, etc) cuidarem do problema. Porém, nessa fase a laserterapia também pode ser utilizada com o objetivo de analgesia (diminuição da dor) e para diminuir a inflamação. Os resultados são melhores do que quando usamos somente medicamentos, e com a vantagem de não causar nenhum efeito colateral.
O acompanhamento de um cirurgião dentista é muito importante nessa fase, pois esse terá que indicar maneiras para uma higienização bucal que não cause um trauma maior mas que previnam a contaminação das feridas ocasionadas na mucosite. A contaminação dessas feridas pode causar uma infecção maior em qualquer parte do organismo, gerando febre e, em último caso, septicemia.
Caso deseje mais informações sobre o diagnóstico e tratamento para mucosite, queira por gentileza entrar em contato.